Despertar...

no silêncio que precede

a tempestade, adormece

a poesia...

em berço de letras

dores gestadas, disputam

um gole de letargia

mas, não é do tempo

a falsa calmaria, é da sílaba

intercalada por um fio

nas entrelinhas das nuvens

estiletes perfuram palavras

que em desejos arfam

vem a chuva, vem o cio

navalhas deflorando os céus

verbos descamando véus

tão doloroso versejar

na quietude dos sonhos, ruídos

raios e riscos unindo rimas...

Almma
Enviado por Almma em 11/04/2012
Reeditado em 11/04/2012
Código do texto: T3606555
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