Ruína
Deixo meu livro de contos
A cronologia dos atos de tantos
Em minhas páginas em branco
Páginas tantas
Nada conta
Deixo no terreiro da memória
O entoar de um canto
No canto do quarto
A incredulidade santa
De minhas preces tontas
Preces tantas
Nada conta
Ah, Deus
O que fiz depois de vir?
O que fiz de me despir do sossego
de um dia poder nunca existir?
O que fiz de me arruinar os dias...
O que fiz de me arruinar...
O que fiz