só um jeito de amar

a fome da noite

subitamente

devora o que restava do dia

um final de chuva

a terra molhada

a madrugada fria

incontaveis estrelas

dançam em desalinho

dançam em desalento

cada qual com a sua luz

cada qual com o seu momento

se fazem estar

como se fossem

um chão repleto

um teto

como se fossem

um oposto de mar

pura poesia

pura solidão

ou só um jeito de amar

jose luis lacerda
Enviado por jose luis lacerda em 10/04/2012
Reeditado em 10/04/2012
Código do texto: T3605037