GRANDE VAZIO

A minha alma é um suspiro a findar

Diante a lua perdida nas noites largas.

Meu coração um instrumento a tocar

Ao sentir no silêncio lágrimas amargas

Rolando pelo meu rosto trêmulo a chorar;

Minhas mãos vazias e espalmadas sob o peito.

Os olhos presos no alto diante o cenário do luar

Que convoca os insones sem graça, sem jeito,

Ao repouso do leito aos seus corpos cansados.

Enquanto a alma vibra em sonho nobre,

As lágrimas enxugam nos sopros dos ventos ousados.

O rosto pálido de alguém que sofre e cobre

Com o véu da saudade; uma viva lembrança

Que o tempo guardou com imenso carinho.

Da imagem que mora nos dias que alcança:

Um sorriso guardado, bem escondido, detrás da esperança.

DIONÉA FRAGOSO

Dionea Fragoso
Enviado por Dionea Fragoso em 08/04/2012
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