Deboche...
suspenso o suspiro no ar
ao anzol do tempo, prende-se
era do arrepio, a bolha do sempre
num gole de desprezo
só um corpo estirado, ereto
a doar aos céus, toda a tristeza
são do chão, os devaneios
é do passo atrás, todo o silêncio,
amanhã, quases em estilhaços....
estática, a drenar a agua do gesso
mortalha tecida em nove novenas
imóvel, a beijar, do medo, o vento
só mais um deboche enfermo
equilibrando-se entre o bem e o sal
nas asas acesas dos deuses....