Deboche...

suspenso o suspiro no ar

ao anzol do tempo, prende-se

era do arrepio, a bolha do sempre

num gole de desprezo

só um corpo estirado, ereto

a doar aos céus, toda a tristeza

são do chão, os devaneios

é do passo atrás, todo o silêncio,

amanhã, quases em estilhaços....

estática, a drenar a agua do gesso

mortalha tecida em nove novenas

imóvel, a beijar, do medo, o vento

só mais um deboche enfermo

equilibrando-se entre o bem e o sal

nas asas acesas dos deuses....

Almma
Enviado por Almma em 08/04/2012
Código do texto: T3601320
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