ESGRIMA
Na velha casa de infância,
lá pelos idos de 1960,
o chão da cozinha
e da sala de jantar
era ladrilhado.
O quadro de ladrilhos
coloridos eram
de
Verde . Vermelho . Preto.
O olhar infantil distinguia,
na imensidão,
inúmeros cubos.
Eram dados sem números.
Aquilo era uma mensagem
do
Uni . Verso
para aquela criança
que sua vida
seria um jogo.
Não um
de dados sem números,
mas de cartas marcadas.
Um jogo
que,
para não lhe dizerem xeque-mate,
ela teria que aprender gritando
sempre ora bingo, ora truco,
ora TUCHÊ!
E.S.G.R.I.M.A.
L.L. Bcena, 08/10/2000
POEMA 793 – CADERNO: AMOR DORMIDO E SONHADO.