ESGRIMA

Na velha casa de infância,

lá pelos idos de 1960,

o chão da cozinha

e da sala de jantar

era ladrilhado.

O quadro de ladrilhos

coloridos eram

de

Verde . Vermelho . Preto.

O olhar infantil distinguia,

na imensidão,

inúmeros cubos.

Eram dados sem números.

Aquilo era uma mensagem

do

Uni . Verso

para aquela criança

que sua vida

seria um jogo.

Não um

de dados sem números,

mas de cartas marcadas.

Um jogo

que,

para não lhe dizerem xeque-mate,

ela teria que aprender gritando

sempre ora bingo, ora truco,

ora TUCHÊ!

E.S.G.R.I.M.A.

L.L. Bcena, 08/10/2000

POEMA 793 – CADERNO: AMOR DORMIDO E SONHADO.

Nardo Leo Lisbôa
Enviado por Nardo Leo Lisbôa em 08/04/2012
Reeditado em 23/07/2012
Código do texto: T3600857
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