AS IDAS E VINDAS DE NOS MESMOS
AS IDAS E VINDAS DE NOS MESMOS
A maré sobe e desce na cadencia
Sou bipolar ou vivo em demência?
A sua imagem me tira o sossego
No meu lar já não tenho aconchego.
Sou o alfa da matilha de querubins
Fecho minhas asas nos botequins.
Alimento-me de sua lembrança
Nela tudo é apenas a bonança.
Dou risadas enquanto chora a alma
Brinco para não perder a calma.
Queria tanto ainda ser seu brinquedo
Ao seu lado estar escrevendo nosso enredo.
Sou solitário querubim caído na sarjeta
Espero a próxima vida neste planeta,
Quem sabe nascerei corretamente
E ao seu lado serei somente contente.
André Zanarella 13/10/2011