Alimento da Feiúra

No Jardim, moitas e touceiras: capins.

que como cupins crescem nos canteiros.

Não são plantas também?!

Não têm direitos à vida?!

Talvez em outros lugares.

Sufocam os lírios e os beijos

Alejam as rosas e as margaridas

Enfeiam e não enfeitam.

Refletem o descuido dos jardineiros.

Aos matos, dizem amém.

São descuidados de seus trabalhos.

Deixam os miosótis perecerem.

Não dão vida à dália.

Os gerânios choram o seu desleixo.

O jardim perece.

Nascem moitas e touceiras – são capins

que como cupins crescem nos canteiros.

Os jardineiros deixam...

A feiúra se alimenta da beleza que aos poucos morre.

L.L. Bcena, 18/10/2000

POEMA791 – CADERNO: AMOR DORMIDO E SONHADO.

Nardo Leo Lisbôa
Enviado por Nardo Leo Lisbôa em 07/04/2012
Reeditado em 25/07/2012
Código do texto: T3599729
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2012. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.