Luta Contínua
Vive-se lutando – guerreiro diário.
Acorda-se.
Pega-se as armas diurnas
e parte-se para a batalha.
Lata, luta, luta-se.
Não há descanso:
desde o ventre materno
participa-se desta luta contínua.
Dorme-se.
Descanso?
Não. Luta-se em sonho também.
Às vezes se vence – doces sonhos.
Às vezes se perde – angustiantes pesadelos.
Emaranhado amém.
Luta-se com as armas noturnas.
SATURNO.
São vinte e quatro horas de luta continua.
Não há descanso.
Haverá quando morrer?
É a morte uma vida sem pesadelo?
Quantas lutas teremos que lutar?
Haverá descanso?
L.L. Bcena, 18/10/2000
POEMA 790 – AMOR DORMIDO E SONHADO.