A esmo:
assim mesmo eu ando pelos cantos.
E quatro cantos do mundo inteiro...
É tudo tão pouco para me esconder.

A esmo:
assim mesmo distante de ser eu mesmo.
Pela manhã eu mesmo distante de ser.
À noite é só essa fome tanta de te querer.
E é só na madrugada que eu sei me perder...

Toda hora essa saudade.
Qualquer hora uma saudade.
Toda a vida alguma saudade.
E todo dia tem qualquer tristeza,
até mesmo a tristeza ela mesma.
Pelos quatro cantos do mundo
ando a esmo com essa solidão.
E todo o mundo é pouco para me esconder...

A esmo:
não tão distante de poder ser,
mas bem distante de querer ser.

A esmo,
eu mesmo assim tão distante de mim
e mesmo assim é só assim que posso me ver!
Marcos Lizardo
Enviado por Marcos Lizardo em 07/04/2012
Reeditado em 11/05/2021
Código do texto: T3599302
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