Os dois amigos apaixonados
Cena: O terceiro ato
(Na choupana do poeta rival, pois ele quer disputar o concurso contra o jovem poeta, então o servo vai escolher quem é um dos melhores autores e avisa os seus soldados antes de prender o jovem poeta.)
Soldados (Abrem-se a porta)
Eis o grande senhor, mas vejo a culpa!
Lá vive o jovem gênio, sem desculpa.
Poeta rival (O rosto raivoso)
Que palidez! Assenta-te os meus postos!
Ele, o menino autor que escreve bem;
Fala, sente e ama a musa da amizade
Da métrica perfeita que ele vem!
Vamos prendê-lo bem, sem palidez!
O servo me deseja entre a maldade,
Sabe que é do tormento, sem desculpas
Falo da Poesia, sem vaidade!
Sei-me do meu rival, ó lealdade!
Como Camões, ao gênio sem assento!
Ei-lo o jovem sem facho, ó meu pudor!...
Pelos versos mimosos, e o relento.
Soldados
... Ele, como se sente a formosura,
Mas ama a amiga, tanto sentimento!
O rigor do soneto, a lira pura.
Poeta rival
Que!? Paras, como diz a Poesia!?
Ousavas a dizer, que ele vivia?
Soldados
Sim, meu senhor! Mas há toda a batalha!
Somos mais fracos, sem que seja a ideia
Ele, que sabe amar, pois já trabalha.
Luziu, mas escreveu a maior veia,
O velho autor amava, que ele olhava
Foi poeta, mas gênio que o autor leia!...
Poeta rival
Que!? Ó meu Deus! Quem fez a inspiração!?
Meu rival, que fulgor sem coração!
Soldados
Vamos prendê-lo, meu melhor senhor!
Langue senhor ao gênio, o grande autor.
Poeta rival (Abre a porta)
Vamos, que vós sabeis sobre a coragem
Vamos lá, como levas à voragem!...
(O seu rival e os soldados estão correndo após a floresta, na saída do castelo. Encontram-se a casa do jovem poeta, mas a poetisa está com medo, por isso todos os inimigos querem prendê-lo no castelo.)
Poeta rival (Quebrou a porta)
Eis-me! Meu jovem, vamos batalhar!
Se o servo for chamar, sobre a batalha
Também nos chama, a luta dos autores!
Que, agora a Poesia não me calha!?
Menino poeta
Isso, por que fizeste toda a luta!?
Ó vargem da maldade! Quem escuta!?...
Poeta rival (Prendeu o jovem)
Pelos versos sem lar, como escreveste!
Então, que sinto o riso da maldade
Dos teus choros vagantes, quem pudeste!?
Amiga poetisa (Chora inteiramente)
Não, meu amor! Quero-te, meu querido!
Dei-te ao meu coração, mas és meu anjo...
Esses versos serenos que se sentem!
Quero-te! Que me amaste o belo manjo!
Deste-me ao teu soneto, que fulgiu!
De que eu vejo, meu anjo... Meu querido!
Que és tão doce, ao clamar do resplendor
Quero-te tanto peito bem erguido!
Menino poeta (Chora fortemente)
Quero-te todo o céu, minha querida!
És minha, meu amor!... És bem erguida.
(O jovem poeta saiu da casa, mas também estava preso após a prisão do castelo, sem alegria. Agora, ele está triste, quando a sua musa for enviar-lhe o recado do seu soneto para o jovem)
Autor: Lucas Munhoz - 07/04/2012