NA DEFENSIVA
Volúvel como o etéreo gás,
Que muda de forma no espaço
E assumindo outra forma, jaz;
Sou eu, quando me desfaço,
Pelas decepções que a vida traz.
Sentimentos, não os alimento mais,
Por quem traiu minha confiança.
Mudo por forças das circunstâncias
Sem intenção de olhar para trás.
Bobagem alimentar afeição e carinho,
Por quem só vê o próprio umbigo.
Que fique só , em seu mundinho,
Distante do calor do meu abraço amigo.
Não quero ser egoísta, presunçoso,
Porém, sei que certas verdades doem.
Mas quem não sabe ser respeitoso,
Não cativa a amizade de ninguém.
Quem não respeita a outra pessoa,
E se promove detentor da razão,
Na inconsciência, a arrogância ressoa,
Impede-lhe que a outros dê atenção.
Por isso, digo volúvel ser,
Não para alguém discriminar,
Mas para tentar não sofrer,
Nesta inconstância de amar.
Riedaj Azuos - O.PO.-15/12/2008