SOBRE A ETERNIDADE
Agora sei o que me faz falta
Eu tinha trabalhado o dia todo
Numa data qualquer estava com preguiça
Os trabalhos se acumularam
Fui os deixando de lado
Fui acumulando o que não devia
Descobri
Que quando a gente jura por alguém
Perdemos a noção da razão
Há tempos não escrevia uma música
Há tempos não redigia um poema
Tudo para encerrar o ciclo
Para o início de uma nova etapa
Mas esse meio tempo foi demais
Senti falta dos meus versos
Perdi o norte de meus pensamentos
Respirei para viver
E não pelo prazer da vida
Hoje não sei sobre alguém
Desconheço o próximo
Paixões terminam
Sentimos falta de calor, romance, vida, amor
E o tempo é uma balsa no Rio São Francisco
Até chegar aos pequenos mananciais
Não entendo de rios, tampouco da vida
Apenas observo
Sinto...
E nada é eterno.
__
Extraído do livro: MÁQUINA DO VENTO, disponível para download na seção e-livros.