SEXTA FEIRA SANTA
A aragem cicia confidências
Na tarde muda de espanto,
Murmuram vozes penitentes
O nome de Jesus,
Como outrora as santas mulheres
Junto ao pé da santa cruz.
E uma ignara interrogação
Fere as fronteiras da razão;
E como o metal de sino, ferido,
Fica-se a reverberar
Sentenças sem sentido.
-Foi por causa da ordem quebrada,
Do céu uma voz brada:
Divina e pura tem que ser a criação,
Portanto,
Tudo tem que ser perfeito e,
Santo...
Deus se fez homem como nós,
Carne, ossos, coração,
E para nos redimir do pecado
Se deixou morrer, crucificado;
Bom Jesus para sempre sejas louvado.