O último pecado

Erros eternos

Fraternos pecados

O amor que ainda dói

A ferida aberta

São todas formas certas

de se viver aos pedaços

Fragmentos humanos

Pedidos profanos

a um deus invisível

Momentos felizes

Meros deslizes

de uma alma falível

Fato puro, concreto

é todo mal obsceno

radicalmente sereno

Sem lastima ou afeto

Perdão sem sentido

a um coração ferido

por não saber viver

Sem mais o que dizer

Nada para fazer

Nada que já foi feito

E nada que se fará

Pois o último pecado

é nada mais que a véspera

do próximo que virá

Eder Ferreira
Enviado por Eder Ferreira em 04/04/2012
Reeditado em 24/09/2012
Código do texto: T3593873
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