Os dois amigos apaixonados

Cena: O segundo ato

(O poeta idoso veio da casa, mas ele avisaria o caso sobre o seu rival à intenção do jovem poeta, na manhã.)

Poeta idoso (Quebrou a porta)

Cheguei! Eis o rival que escreve bem!

Das áureas poesias mais perfeitas,

Rima, até na batalha contra os vates!

Ó fulgor do rapaz! Ó musas feitas!

Tu, que vais estudar todos os versos;

Os tépidos cabelos, que tens nervo?

Bem que faças os versos, és meu gênio!...

Dos estudos notáveis ao bom servo.

Menino poeta (O rosto pálido)

Quem é o teu servo? O servo que me chama?

Tenho a vida ditosa, sem braveza

Se eu batalhar o vate, sim o gênio

O meu lirismo, o vate da beleza.

Poeta idoso

Isso, o servo me manda que eu já faço;

O teu rival é forte, escreve tudo!

O servo vai culpar, mas és bem lasso!

Faze-me a poesia, que eu não grudo!

Pelos versos perfeitos e serenos,

Se o servo adorar bem, o moço agudo.

És moço agudo! Ó versos com os venenos!

Quer que o servo bondoso nos abrace,

Sim, por isso ele adora os versos plenos.

Menino poeta

Ó meu Deus! Faço os versos bem tocantes!

Pois, os meus versos vivos e possantes.

O servo ama, também admira os vates

Eis a porta quebrada, pois não bates!?

Amiga poetisa (Voltou à casa)

Ei!... Os grandes poetas, eis a casa!

Meu moço, mas quem fala de bondade?

Como, mas o palor quem sempre abrasa.

Menino poeta

Não, mas aqui está no velho autor;

Sabes, quero escrever mais, meu amor.

Amiga poetisa

Ó velho autor! Os tépidos lirismos!

Quem escreve os teus livros do poema;

Com a Bíblia, pois conhece o Deus em livro

Mil versos poderosos, eis o lema!

Poeta idoso

Sim, claro que já sabes tudo, amiga!

Dou-lhe o maior aviso, com que diga.

Eis o novo poeta, como escreve!...

Que era os versos notáveis, mas em breve.

Fulge, como era o brilho do lampejo!

Rimou, porque ele é bem forte ao latejo.

O gênio, o coração, que já conheces;

Mas, é o maior poema, pois esqueces.

Amiga, ele vê todos os lirismos!

Que ele é mais poderoso sem cinismos!?

Então, é o rival dele que eu já vi,

Só vive a Poesia, que eu já li.

Amiga poetisa

Entendi, pois eu faço os bons poemas;

Sabe, por isso vê tanto delírio

Só vamos batalhar, meu bom amigo!

Da metáfora amável, como o lírio.

Poeta idoso

Por que falas de amor, pelo trabalho?

Que sabes escrever, o que eu já calho!?

Menino poeta (Saem à casa)

Vamos sair, meu velho! Vamos lá!

O servo vai chamar, vamos pra cá.

Amiga poetisa (Aperta a mão do jovem)

Amor! Adeus! Só sentes o meu peito!

Amo-te, porque és meu amor eterno!

Que sejas o meu lindo amigo, amor

Fulges a poesia, o gênio terno.

Adeus, adeus! Amo-te tanto amor!

És genial, que escreves bem, querido

Sinto-te a poesia, sem desculpas

Quero-te, o sentimento mais erguido.

Até mais, meu amor! Amo-te tanto!

Bom dia, meus amigos... Até mais!...

Que cuidas do trabalho, meu poeta

Do gênio aos lindos versos imortais.

(Os dois amores se beijam nos lábios e choram por causa de adeus na frente da casa.)

Autor: Lucas Munhoz - 04/04/2012

Lucas Munhoz (Poeta clássico)
Enviado por Lucas Munhoz (Poeta clássico) em 04/04/2012
Reeditado em 05/04/2012
Código do texto: T3593626