À Concordância de Tudo...
Não!
Aos versos difíceis
Aos poemas de estudo
Á rítmica trabalhada.
Não!
Ao compasso mecanizado
As agendas aos planos
À vida pré-moldada.
Não!
Ao terno aos sapatos
Não!
À fúria das horas insanas
Não aos atrasos.
Não!
Aos cabrestos
À subordinação
Ao balanço sem gosto.
Não!
À fome de concreto
Não a morte do verde
À falsa sapiência
Não!
À razão humana sempre tão impassível
Não!
Aos homens que se acham
Não!
Aos homens que se perdem
Não à luz artificial.
Não
A mim: homem
Criador de sonhos e planos
Sempre intocáveis
Sempre inatingíveis...
Não!
A todo
E qualquer
Traço
Vazio!