AO SEU DISPOR
Não há mais torpor
Nem resto de candura
A quem só entende na dura
Que a amargura não se deve contrapor
Tal hábito diário
De comportamento natural
A quem em tudo enxerga o mal
Ou segunda intenção de um tal otário
A quem acha que pode dispor
Como de livros em prateleiras
Empoeirados, esquecidos, a por
E repor ao seu bel prazer, em fileiras
E após uso, abuso e desusos
Suas páginas rasgar, até mesmo queimar
Meramente tratar como coisas, desdenhar
Gente de coração puro, a nocauteá-los confusos
Findou, acabou, não há mais "ao seu dispor"
Simplesmente não há mais aquele confortável torpor.
Não há mais torpor
Nem resto de candura
A quem só entende na dura
Que a amargura não se deve contrapor
Tal hábito diário
De comportamento natural
A quem em tudo enxerga o mal
Ou segunda intenção de um tal otário
A quem acha que pode dispor
Como de livros em prateleiras
Empoeirados, esquecidos, a por
E repor ao seu bel prazer, em fileiras
E após uso, abuso e desusos
Suas páginas rasgar, até mesmo queimar
Meramente tratar como coisas, desdenhar
Gente de coração puro, a nocauteá-los confusos
Findou, acabou, não há mais "ao seu dispor"
Simplesmente não há mais aquele confortável torpor.