AO SEU DISPOR





Não há mais torpor
Nem resto de candura
A quem só entende na dura
Que a amargura não se deve contrapor


Tal hábito diário
De comportamento natural
A quem em tudo enxerga o mal
Ou segunda intenção de um tal otário


A quem acha que pode dispor
Como de livros em prateleiras
Empoeirados, esquecidos, a por
E repor ao seu bel prazer, em fileiras


E após uso, abuso e desusos
Suas páginas rasgar, até mesmo queimar
Meramente tratar como coisas, desdenhar
Gente de coração puro, a nocauteá-los confusos


Findou, acabou, não há mais "ao seu dispor"
Simplesmente não há mais aquele confortável torpor.







Vauxhall
Enviado por Vauxhall em 02/04/2012
Reeditado em 02/04/2012
Código do texto: T3591195
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