NOITE DOS TEMPOS


Tu te levantaste sobre o abismo,
Caminhaste lentamente com a brisa,
Passaste por sobre muros, casas, praças,
Árvores, pessoas, as águas de um rio,
Flutuando entre o decorrido e a ulterioridade.

Saudade.
De ambos.
Noite dos tempos, escoando por tua ampulheta.

E retornas e tornas e retornas...
De ti.
Fadiga da tolerância...
Atmosfera brumosa, seca, quente.

Entrou por tuas narinas o perfume do tempo
E dançaste com sua sombra taciturna.
Noturnamente, a melancolia.
Anoiteceste.
Tomara haja filetes de luar.


12/01/2007 





poema inspirado em "Minha Soturnidade", de Carlos Rodolfo  Stopa,  
a quem dedico este.
KATHLEEN LESSA
Enviado por KATHLEEN LESSA em 26/01/2007
Reeditado em 25/05/2014
Código do texto: T359107
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