POETAS
Parte I
Palavras ordenadas
Fazem que a leitura
Por elas concatenada
Se chame Literatura;
E, olhando janelas,
Buscam suprir os sentidos,
Mesmo que à luz das velas
Dos amantes desvestidos;
Ou penetram pelas trevas
De depressivos assuntos,
Trilhando linha obscura
Para entender a loucura;
E há os que somam palavras,
Impondo um texto complexo,
Espanam o eixo das frases,
E assumem a perda do nexo,
E os que se pensam profetas,
Escrevem criando verdades,
Saídos de casta seleta
De pouca durabilidade;
E há o parceiro social,
Que traz os problemas da vida
Para o leitor (co-autor),
- Resolva tudo, por favor...
Parte II
Qual o verdadeiro poeta,
Ligado à verdade e ao fato,
Se só exprimem ilusões?
Há poetas que palpitam
Em cada verso um coração,
Criam palavras ardentes
Em evidente vibração,
E com as palavras jogam,
Poesia se soma à paixão
Nos textos que manobram.....
O poeta não tem espécie
E escapa de classificação,
Pois os seus modos aquecem
Aos mais frios de coração...
E não se sabe onde vai
O prisioneiro da liberdade,
Pelo tempo, tudo se esvai,
Desmoronará sua carceragem,
Para aí se recriar,
Revelando o que contém no ventre,
Cultuando na sua capela
Tudo que lhe for livre por dentro.
*****
Parte I
Palavras ordenadas
Fazem que a leitura
Por elas concatenada
Se chame Literatura;
E, olhando janelas,
Buscam suprir os sentidos,
Mesmo que à luz das velas
Dos amantes desvestidos;
Ou penetram pelas trevas
De depressivos assuntos,
Trilhando linha obscura
Para entender a loucura;
E há os que somam palavras,
Impondo um texto complexo,
Espanam o eixo das frases,
E assumem a perda do nexo,
E os que se pensam profetas,
Escrevem criando verdades,
Saídos de casta seleta
De pouca durabilidade;
E há o parceiro social,
Que traz os problemas da vida
Para o leitor (co-autor),
- Resolva tudo, por favor...
Parte II
Qual o verdadeiro poeta,
Ligado à verdade e ao fato,
Se só exprimem ilusões?
Há poetas que palpitam
Em cada verso um coração,
Criam palavras ardentes
Em evidente vibração,
E com as palavras jogam,
Poesia se soma à paixão
Nos textos que manobram.....
O poeta não tem espécie
E escapa de classificação,
Pois os seus modos aquecem
Aos mais frios de coração...
E não se sabe onde vai
O prisioneiro da liberdade,
Pelo tempo, tudo se esvai,
Desmoronará sua carceragem,
Para aí se recriar,
Revelando o que contém no ventre,
Cultuando na sua capela
Tudo que lhe for livre por dentro.
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