Poesias Murchas como as Rosas de Inverno.
No silêncio oculto da face escondida na sombra,
Sombra do medo e da solidão,
Brotou como um orvalho tímido, os primeiros versos.
Como um broto de flor conhecendo a vida,
Envolveu-se na escuridão e a deu cor,
A luz de tua beleza consumiu as sombras da desesperança,
E como uma criança que nada teme, fez a canção se propagar.
Como quem sabe amar, ensinou-o o amor,
A face conheceu a luz, e viu pela primeira vez
A Cor dos teus olhos, e as formas do teu sorriso.
Mas aos poucos os versos,
Como flores que envelhecem,
Fora murchando... e ao escuro do silêncio tornou.
Mas como lábios que tocam a doçura de uma fruta
Pela primeira vez, a face se ocultou,
Mas sorriu, pois encontrou um motivo para viver.
Rosas murchas não perfumam, não são coloridas,
Mas isso jamais roubará a sua formosura,
A poesia mesmo tímida,
Afogada nas neblinas da lembrança,
Sempre tornará-se faísca, que um dia volta a ser chama.