TROVADOR ESTRANGEIRO
Como andarilho errante ando na teimosia
De encontrar um sentido próspero em viver
Pouso meu olhar sobre o horizonte em demasia
E sinto o perfume, o néctar do lídimo prazer
Que fazer de mim que tanto ando na contra mão?
Busco em torrentes de amor a minha sina
Busco um olhar perdido que acerte meu coração
E esse encontro pode não estar em qualquer esquina.
Meu Deus! Porque tenho de errar por esta vida?
Porque simplesmente me é negada essa chance?
Queria correr os quatro cantos em despedida
De mim mesmo para viver um clima de romance.
Não me adapto a essa vida rude de metrópole
Nem cultivo os prazeres do maldito dinheiro.
Eu quero é um beijo sentido e visto da acrópole
Perder-me pelo mundo afora e ser um estrangeiro.
Quero o amor mais vigoroso de uma mulher
E o nosso toque no âmbito da cumplicidade
Entre um olhar e um sorriso que me quer
E um desejo de me querer com a mesma igualdade
Quero um plano de viagem que me leve além
Do infinito ápice de sentir a força do amor
Quero pulsar a alegria daquela que me tem
No recôndito da minha alma embevecida de trovador.
Quero sim desbravar teus lábios com toda a gana
E sair feliz pelos jardins da Babilônia em ternura
Quero viver o mês de junho, olhar para Julia e Ana
Numa junção das duas em uma única candura.