TROVADOR ESTRANGEIRO

Como andarilho errante ando na teimosia

De encontrar um sentido próspero em viver

Pouso meu olhar sobre o horizonte em demasia

E sinto o perfume, o néctar do lídimo prazer

Que fazer de mim que tanto ando na contra mão?

Busco em torrentes de amor a minha sina

Busco um olhar perdido que acerte meu coração

E esse encontro pode não estar em qualquer esquina.

Meu Deus! Porque tenho de errar por esta vida?

Porque simplesmente me é negada essa chance?

Queria correr os quatro cantos em despedida

De mim mesmo para viver um clima de romance.

Não me adapto a essa vida rude de metrópole

Nem cultivo os prazeres do maldito dinheiro.

Eu quero é um beijo sentido e visto da acrópole

Perder-me pelo mundo afora e ser um estrangeiro.

Quero o amor mais vigoroso de uma mulher

E o nosso toque no âmbito da cumplicidade

Entre um olhar e um sorriso que me quer

E um desejo de me querer com a mesma igualdade

Quero um plano de viagem que me leve além

Do infinito ápice de sentir a força do amor

Quero pulsar a alegria daquela que me tem

No recôndito da minha alma embevecida de trovador.

Quero sim desbravar teus lábios com toda a gana

E sair feliz pelos jardins da Babilônia em ternura

Quero viver o mês de junho, olhar para Julia e Ana

Numa junção das duas em uma única candura.

Márcio Ahimsa
Enviado por Márcio Ahimsa em 26/01/2007
Código do texto: T358996