Janelas da alma

Esther Ribeiro Gomes

Da minha janela avisto o mar encantado

que estende na praia seu lençol rendado...

São as ondas que passeiam à beira-mar

e vêm beijar as areias docemente...

Meu pensamento voa além do horizonte,

pelas janelas da alma que se abrem ao luar...

Escuto o sibilar do vento a sussurrar

e a suave brisa acaricia meu rosto,

mas não consegue desfazer o desgosto

da solidão que insiste em me acompanhar!

A nostálgica lua passeia frente à janela

e olho para o céu bordado de estrelas,

com seu manto brilhante a piscar,

num terno convite para me fazer sonhar...

No silêncio da noite vem a saudade

e se agiganta a minha solidão,

mas o aconchego do sono aquieta o coração...

O sonho abre as janelas da alma

e sinto a doce paz que me acalma...

Minh’alma voa nas brumas do tempo,

seguindo o suave sopro do vento,

em busca da antiga felicidade

que hoje mora na minha saudade!

Esther Ribeiro Gomes
Enviado por Esther Ribeiro Gomes em 02/04/2012
Reeditado em 02/04/2012
Código do texto: T3589792