O SILENCIO DE VOCÊ
Como o sol, todos os dias dispo-me e me disponho no horizonte.
Faço-me voz do vento para não falar de você...
E assim, o silencio de você não desfalecerá meu próprio ser.
Pois, ainda se faz em mim, tempestade, a sua ausência.
Desfaço-me em mim para que não fique em mim
a saudade dos teus beijos, e a minha voz não tenha voz...
Silencio em minhas entranhas a vontade de ser sol,
E emudeço o coração ainda inebriado de teus sins!
Sou tempestade muda; sem relâmpagos, sem vento, sem trovões
Sou lua desprateada, minguante em alma; morre coração...
O silêncio de você se faz morrer, em meu próprio silêncio, sem fim...
O olhar grita meu silêncio, e a alma desfalece em desilusão...
Minha voz muda, fala do silêncio de você, e, em mim, uma canção
Destroça o que ainda restava da minha sanidade, restava de mim!
Natal-RN, domingo, 01 de abril de 2012, 20h59min