NOSSAS MÃOS

NOSSAS MÃOS

Tão pouco lembradas

Pelos amantes e pelas amadas

Pelos guerreiros que portam espadas

Pelos escritores e suas canetadas

Esquecidas nas extremidades

Parceira de nossas bondades

Executora de nossas maldades

Tateadora de sensibilidades

Seguem seu destino

De modo cabotino

Pois sabem que mesmo esquecidas

Tem muita importância na morte e na vida

Podem ser suaves e contidas

Podem ser cruéis e agressivas

Podem gerar calor e arrepios

Podem gerar dor e suores frios

São nossas mãos que afagam

São nossas mãos que apagam

São nossas mãos amantes e amadas

São nossas mãos criminosas e odiadas

Arnaldo Ferreira
Enviado por Arnaldo Ferreira em 01/04/2012
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