NOSSAS MÃOS
NOSSAS MÃOS
Tão pouco lembradas
Pelos amantes e pelas amadas
Pelos guerreiros que portam espadas
Pelos escritores e suas canetadas
Esquecidas nas extremidades
Parceira de nossas bondades
Executora de nossas maldades
Tateadora de sensibilidades
Seguem seu destino
De modo cabotino
Pois sabem que mesmo esquecidas
Tem muita importância na morte e na vida
Podem ser suaves e contidas
Podem ser cruéis e agressivas
Podem gerar calor e arrepios
Podem gerar dor e suores frios
São nossas mãos que afagam
São nossas mãos que apagam
São nossas mãos amantes e amadas
São nossas mãos criminosas e odiadas