Na lentidão das horas
Séculos ecoam...
Transmutada a casa casulo
De dentro...âmago.
Quantas vezes se fez pó?
Pesado? Leve ser!
Só esperando...
Você transbordar!




O TEMPO PASSA LENTO 

O tempo passa lento, 
Para quem vive  
Sem alegria, 
Sem alento 
Contando horas 
Que se repetem 
Sem ver chegar 
A noite 
Ou apenas um dia? 
Na contagem regressiva, 
A imensidão das horas   
Nas asas do pensar, 
Nas garras 
Do longínquo firmamento 
O tempo não quer passar... 
E, ao mesmo tempo, 
Foge em cada passo 
Que tentamos dar.  
O tempo passa lento 
No vento do entendimento 
Que os olhos e a alma 
Conseguem alcançar. 
Castiga o coração,  
Esconde as emoções no peito, 
Abafa os sonhos,  
Que querem chegar... 
À saudade não dá guarida 
Oculta-a na solidão, 
Até ao dia da partida. 
E eu deixo-me voar 
Como serena borboleta 
E parto, sem hora nem lugar 
Para voltar.  
Tempo, tempo! 
A noite não tarda,  
Há tanto caminho  
Ainda para andar! 
Deixo-me ir contigo... devagar...
                                   
                                          ( Ana Flor do Lácio )



*  Maravilhoso  e inspirador poema,
Aninha! Impossível resistir a uma interação. Admiro seu trabalho. Você
é brilhante! Abraços e um lindo domingo para você.



Obriaga, Ana! Esta é a maior recompensa de um Poeta, tocar a inspiração e promover uma interação tão bela quanto a tua! Todo o meu carinho e admiração de sempre, Aninha

Ana Pujol
Enviado por Ana Pujol em 01/04/2012
Reeditado em 01/04/2012
Código do texto: T3587743
Classificação de conteúdo: seguro