Na lentidão das horas
Séculos ecoam...
Transmutada a casa casulo
De dentro...âmago.
Quantas vezes se fez pó?
Pesado? Leve ser!
Só esperando...
Você transbordar!
O TEMPO PASSA LENTO
O tempo passa lento,
Para quem vive
Sem alegria,
Sem alento
Contando horas
Que se repetem
Sem ver chegar
A noite
Ou apenas um dia?
Na contagem regressiva,
A imensidão das horas
Nas asas do pensar,
Nas garras
Do longínquo firmamento
O tempo não quer passar...
E, ao mesmo tempo,
Foge em cada passo
Que tentamos dar.
O tempo passa lento
No vento do entendimento
Que os olhos e a alma
Conseguem alcançar.
Castiga o coração,
Esconde as emoções no peito,
Abafa os sonhos,
Que querem chegar...
À saudade não dá guarida
Oculta-a na solidão,
Até ao dia da partida.
E eu deixo-me voar
Como serena borboleta
E parto, sem hora nem lugar
Para voltar.
Tempo, tempo!
A noite não tarda,
Há tanto caminho
Ainda para andar!
Deixo-me ir contigo... devagar...
( Ana Flor do Lácio )
* Maravilhoso e inspirador poema,
Aninha! Impossível resistir a uma interação. Admiro seu trabalho. Você
é brilhante! Abraços e um lindo domingo para você.
Obriaga, Ana! Esta é a maior recompensa de um Poeta, tocar a inspiração e promover uma interação tão bela quanto a tua! Todo o meu carinho e admiração de sempre, Aninha