SONETO DA TEMPERANÇA

Como distante vai o tempo, há muito esquecido...

Quando este velho, feito menino, com toda pujança

cantava, corria, saltava e sorria... era ainda criança

por alamedas de um jardim perfumado e florido.

Depois, quando jovem em eloqüente discurso ido,

tinha eu força no olhar e o brilho da confiança...

Sorriso franco e aberto repleto de esperança.

Muita coragem e sem medo do desconhecido...

Agora experiente, percebo como inocente havia sido,

Por vezes, tendo-me deixado levar pela desesperança.

Ou como louco e voraz, intrépido e vivido.

Hoje sentindo meu corpo cansado e sofrido,

sinto em meu peito saudade e lembrança,

de um tempo remoto, como num sonho perdido...

Luis Carlos Mordegane

MORDEGANE
Enviado por MORDEGANE em 19/07/2005
Código do texto: T35877