Transtornado
Quando o vento se torna tão violento
Que as janelas não são fortes o bastante
E ele bate a porta e tudo que se escuta
É teu assobio que da até arrepio
E tudo que consegue perceber é a fúria
Do mostro que um dia foi chamado doce brisa
E você aterrorizado se esconde de baixo da cama
Como uma criancinha assustada...
Sem entender o que houve com aquela doce
E alegre brisa que lhe acariciava a face,
Afinal como aquela fúria se apossou
Daquele que um dia chamou de amor
E se pergunta em que ponto a paixão adoeceu
E quem te acariciava passou a caça-la, em que ponto,
Quem te protegia se tornou tua ameaça...
E as portas se abrem e você solta um grito estridente
E toda aquela fúria entra batendo a porta com tudo
E você encolhida debaixo da cama tenta nem respirar,
Ouve passos se aproximando e vê eles por fim
Param em frente a você perplexa, assustada,
E de repente a colcha é levantada e pronto...
Um grito ecoa de tua boca por todo o andar
E você percebe que esta cara a cara,
Frente a frente com quem o destino cretino
Te condenou a se apaixonar...
E a adrenalina em seu pico faz você perceber
O milagre, o extasse que chamam “Amar”
E como uma refém é tomada nos braços
E carregada por um caminho que jamais sabe
Onde vai dar, apenas vai, afinal você esta a amar!