O LEGADO DE ARES
Todo deus se torna um mármore clássico,
quando o esquecimento chamado razão,
faz despencar do céu como como bólidos,
os detentores da morte e do destino.
Na areia que o tempo faz, e na névoa,
é possível divisar algumas vezes,
a face terrível de nosso reflexo torto,
dizendo que deuses não morrem esquecidos.
Apenas tornam-se outras faces familiares,
e sobre nossso peito, empunham os raios.
Não importa se ontem foi um tal artesão da trama,
que ainda envenena e cura as estruturas.
Meu Marx virou peso de papel,
e meu Buda virou elemento decorativo.
Para o futuro, somente de certo,
a máxima aprendida entre uma guerra e outra:
Heróis não irão para o Walhala,
nem serão acolhidos no Olimpo.
É tudo desculpa para a vergonha mais suja,
de nosso instinto de matar amigos e inimigos.
Mudaram-se os tipos e mudou-se o tempo.
E cada vez que enfrento a rua,
sinto a lança que perfurará seu ventre,
enquanto desvio da espada sangrenta
que sobre todas as nossas cabeças pende.
Todo deus se torna um mármore clássico,
quando o esquecimento chamado razão,
faz despencar do céu como como bólidos,
os detentores da morte e do destino.
Na areia que o tempo faz, e na névoa,
é possível divisar algumas vezes,
a face terrível de nosso reflexo torto,
dizendo que deuses não morrem esquecidos.
Apenas tornam-se outras faces familiares,
e sobre nossso peito, empunham os raios.
Não importa se ontem foi um tal artesão da trama,
que ainda envenena e cura as estruturas.
Meu Marx virou peso de papel,
e meu Buda virou elemento decorativo.
Para o futuro, somente de certo,
a máxima aprendida entre uma guerra e outra:
Heróis não irão para o Walhala,
nem serão acolhidos no Olimpo.
É tudo desculpa para a vergonha mais suja,
de nosso instinto de matar amigos e inimigos.
Mudaram-se os tipos e mudou-se o tempo.
E cada vez que enfrento a rua,
sinto a lança que perfurará seu ventre,
enquanto desvio da espada sangrenta
que sobre todas as nossas cabeças pende.