Segredo

Meus olhos se aconchegam ao sonho

demorando a aprender o teu segredo,

na rosa que perfuma os teus caminhos

nas rútilas estrelas bordadas de prata

na seiva amara e nívea do teu pranto

ficaram a noite e a lua como encanto

Estranhos versos estes versos calados

feitos de saudades, de ontens ecoando

que de noite se alimentam dos medos

e de cheiros e de toques e da tua voz

quando choras e as lágrimas escorrem

pelo rosto pelo labirinto dos teus lábios

Quando meu medo enlaça o meu segredo

me afogo em todos os cinco sentidos

e fico sozinho sonhando teus olhos no

castanho esverdeado do poema que tu

és sustentado por esta ausência que só

os momentos inocentes, entre a gente,

na noite que vem nos ninar, novamente.

Hei!!!,

você tá aí?

me ouve!

Não devia te contar...

Eu tenho medo de amar.