Poema as escuras.
A luz negra, obscura, olhar perdido.
Formou-se o verso, imprevisível,
Na cegueira da noite.
Não é amor, nem felicidade, a sua essência,
É algo incapaz da incandescência da mente humana.
É ramificação do sonho perdido,
Algo belo e esquisito, turbilhão de emoções.
Algo oculto, inexplicável, preso ao silêncio,
Não é dos raios do dia, que se desprendem sua rima,
Mas das cortinas tempestuosas da noite de inverno.
Rasgando do frio o calor abstrato,
Que só a poesia tem o dom que fazer tornar-se chama.
E que não precisa dizer o que esperam ouvir,
Mas é o que todos necessitam saber.