DOR

No ocaso da vida vivida,
essa dor tão sentida,
doída, ainda magoa.
Mágoa de um tempo que o tempo não apaga.

O tempo, que deixa suas marcas
No rosto sulcado,
No corpo curvado
No olhar embaçado,
Nos seios caídos, já indesejados.

Essa dor tão minha, sozinha
Que comigo caminha pela vida afora,
Agora,
No anoitecer da existência minha,
Já não dói tanto quanto outrora.


Publicada em 29/03/12 e republicada hoje, com imagem.


Primavera Azul
Enviado por Primavera Azul em 29/03/2012
Reeditado em 07/08/2012
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