Tempos
As vezes o cinza do céu,
Colore meus olhos com um tom de sépia,
Como se estes mesmos olhos,
Fosse os do menino que habitava em mim antes.
As vezes queria esconder-me naquele corpo,
Naquela vontade de viver sem medo,
Pois os tempos são outros,
Não tenho tempo de viver.
Parece que o mundo perde a cor,
Tudo se torna composições em tons de cinza,
A melodia de mundo se reduz a ruidos,
E a poesia, apenas uma lembrança desfocada.