ABRIGO DE PEDRAS

Em minha finitude e inconsistência

Me perco em caminhos mal traçados

Nas ausências, desventuras e no fracasso

Tento desatar meus próprios nós

e, aos poucos, me refaço

Busco um ponto de chegada na partida

Um remanso que me aplaque a alma

Merecido descanso de uma mente aflita

Das cinzas que me tornei, então renasço

Tal como a fênix um dia renascida

Das pedras construo um abrigo

e nele me protejo do cansaço

Das flores guardo o intenso perfume

Dos espinhos me desfaço

Montada em bravo cavalo

Pego a minha vida num laço

As tristezas vão-se pelo ralo

numa nova esperança que renasce

da semente que brota em meu ser

Consciente de mim mesma estou

Tornando possível o sonho de ver crescer

a mulher que em mim se formou

iane rubens de mello
Enviado por iane rubens de mello em 29/03/2012
Código do texto: T3582609
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