Poema da noite

Ouço o burburinho da noite.

E na calma desta sala,

Sinto meu coração pulsar.

Vozes ao fundo me chamam de volta.

Me tira do meu devaneio.

E traz a luz a rotina diária.

Em meio a multidão, não estabeleço contato.

No mar de palavras que chaga a mim,

Nenhuma, sequer, é capaz de penetrar meu ser.

Ao longe o som de uma flauta costumeira.

Que sempre me embala e me leva .

Tem tamanho poder sobre mim,

Que agora já nao sei se a ouço

Ou é minha mente me pregando peças.

Entre tantas devagações na cabeça,

Sinto a calma que me invade.

E a tortura da ausência.

Que unidos em um único ser,

Precipita num terremoto.

leidianebrandao
Enviado por leidianebrandao em 28/03/2012
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