Poema da noite
Ouço o burburinho da noite.
E na calma desta sala,
Sinto meu coração pulsar.
Vozes ao fundo me chamam de volta.
Me tira do meu devaneio.
E traz a luz a rotina diária.
Em meio a multidão, não estabeleço contato.
No mar de palavras que chaga a mim,
Nenhuma, sequer, é capaz de penetrar meu ser.
Ao longe o som de uma flauta costumeira.
Que sempre me embala e me leva .
Tem tamanho poder sobre mim,
Que agora já nao sei se a ouço
Ou é minha mente me pregando peças.
Entre tantas devagações na cabeça,
Sinto a calma que me invade.
E a tortura da ausência.
Que unidos em um único ser,
Precipita num terremoto.