METAFÓRICA ROTA
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Vivo prazerosamente entregue aos ventos da poesia
Posso ser pluma leve a um sopro que me acaricia:
Visito, pelos ares, lugares pretendidos e outros não
Uns tão fortes registros que merecem tal revelação
Vou fotografando simplesmente o que cai na lente
Ao privilegiar uma versão choro a morte de milhões
As que não serão e por isso é que tão na mente
Com igual ou maior poder de inferir outras versões
Sou desse infinito e posso até morrer disso!
De vento leve ou furacões de palavrinhas:
Caçador de resquícios e tantos artifícios
Ao final, se percebo vizinhança que não a minha
Crio metafórica rota acionada por qualquer orifício
E, a pé, volto sempre flertando c'as entrelinhas