METAFÓRICA ROTA

...

Vivo prazerosamente entregue aos ventos da poesia

Posso ser pluma leve a um sopro que me acaricia:

Visito, pelos ares, lugares pretendidos e outros não

Uns tão fortes registros que merecem tal revelação

Vou fotografando simplesmente o que cai na lente

Ao privilegiar uma versão choro a morte de milhões

As que não serão e por isso é que tão na mente

Com igual ou maior poder de inferir outras versões

Sou desse infinito e posso até morrer disso!

De vento leve ou furacões de palavrinhas:

Caçador de resquícios e tantos artifícios

Ao final, se percebo vizinhança que não a minha

Crio metafórica rota acionada por qualquer orifício

E, a pé, volto sempre flertando c'as entrelinhas

Paulino Neves
Enviado por Paulino Neves em 28/03/2012
Reeditado em 28/03/2012
Código do texto: T3580317
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