Clandestino
Estou acorrentado
Dentro do navio negreiro
Onde fizeram-me de escravo
E me deixaram em desespero
Não quero ser açoitado
No “país do carnaval”
Mas estou sendo estrangulado
Por covarde sem igual
Angustiado pela fome
Dentro desse cacaueiro
Que apenas em seu nome
Não lembra um navio tumbeiro
Quis fugir do sofrimento
Caí em outro cativeiro
Tinha apenas um intento
Ser feliz no estrangeiro.