CONDENADOS PELA PESTE

CONDENADOS PELA PESTE

Irrompem as trevas da noite

Ouve-se um bater ritmado e surdo

Quase reina o silêncio no universo

Ziguezagueiam insetos em pé de guerra

Encurvado um ancião têm as mãos no colo

Ao redor dele as crianças jogam contas

Nem sabem que a peste devasta os vivos

Cintilam os pestilentos vírus coloridos

Aqueles de estirpe de príncipes serão virtuosos

Não devem oscilar entre justiça e consagração

Só sobreviverão quem conseguir equilíbrio

Mas a disputa pelo sangue é mais acirrada

O mestre combina os símbolos do jogo

Fala a língua conhecidas dos condenados

O velho trapaceia as virtudes pelos erros

Ele aspira que seus alunos sejam homens

Mas os homens estão condenados

Pela peste dos melindres e achaques

Fazem-se cheios de mimos e dengos

Querem seus gostos a cima da lógica e da razão.

Aleixenko
Enviado por Aleixenko em 27/03/2012
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