Aferro
quando o amor
amanhece requentado,
as lágrimas caem petrificadas,
enterram no chão
uma espada de aço
que perdeu o fio na escuridão
o apego tem que ser cultivado a quatro mãos
para que dê frutos com gosto de amora
amoras com gosto de maçã
muitas vezes folgamos as rédeas,
damos corda demais para os nossos conflitos
tropeços são inevitáveis
a vida passa como relâmpagos,
acende, apaga, acende,
apaga, acende,
apaga...