Aferro

quando o amor

amanhece requentado,

as lágrimas caem petrificadas,

enterram no chão

uma espada de aço

que perdeu o fio na escuridão

o apego tem que ser cultivado a quatro mãos

para que dê frutos com gosto de amora

amoras com gosto de maçã

muitas vezes folgamos as rédeas,

damos corda demais para os nossos conflitos

tropeços são inevitáveis

a vida passa como relâmpagos,

acende, apaga, acende,

apaga, acende,

apaga...

Pedro Cardoso DF
Enviado por Pedro Cardoso DF em 27/03/2012
Reeditado em 16/12/2022
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