Vias

Estradas no corpo, nas veias que viram vias... Correntezas que lamentam a pressão mais alta... Vistas grossas.
Passei pelas ruas de uma morada... Respirei os futuros que já lancei ao mar.
Minhas redes de pescar as pérolas jogadas.... Deixo, então, escorrer pelos dedos...
Passeavam... Sem perceber os ditos e feitos... Caras e canetas... Penas de escrever nas linhas de uma jornada.
Tem gente que gosta de deixar marcas... Mas, não sabe mantê-las em encruzilhadas.
Ora corpo, ora coração... Ora, deixar que o ar entre nos pulmões... Ora solidão.
Seguir sem medos... Sem tantos dedos para riscar as próprias vias.
Melodias não são dias... São teias finas.
Pegadas no corpo não são beijos na alma... Tem de ter muito pulso para ser para sempre...
Ventres, flores e muralhas... Vias



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