sobre o TEMPO...

Cravei duas estacas

naquele chão antigo

pensando cercar a dor

que escorria para o rio...

Vi adormecer o pássaro

que brincava de formiga

picando folhas e horário

esperando o frio inverno...

Foi quando me prostrei

à sombra do tempo ido,

fiz florescer lembranças

e troncos de cedros secos...

Agora é que descobri que

sou capaz de acariciar o

vento e domar sua robustez

com a palma da minha mão...

Cravei estacas de cerne

foi no chão do peito meu,

pingou saudade juvenil

nos pés e cravos do tempo!

IVAN CORRÊA
Enviado por IVAN CORRÊA em 26/03/2012
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