O CALOR DO PARAÍSO
Hoje, domingo, vinte e cinco de março de dois mil e doze,
O dia está meio bobo: passou na minha pele sua língua fria!
Estou acostumado a levantar cedo sem camisa, todo dia,
E receber o sopro quente das narinas do dia – quem goze
Esse prazer - de frio não quer saber! Amo meu País tropical,
Amo mais ainda viver em sua área central ou Centro Oeste,
No Estado de Mato Grosso do Sul, Cidade Morena – a Capital!
Entra dia, sai dia o calor do Sol faz que minha alma irradie de alegria
Não sou urso, mas dá vontade de embernar, só de ouvir de frio falar!
Findo o mês de março, vem chegando abril - começa rimar com frio
Maio o mês do casamento: cobertor de oreia é um bom agasaio!
Dizemos assim, aqui, orgulhosamente no nosso dialeto caipira!
Quando entra junho o frio se torna medonho, vira pesadelo, o sonho!
Os dias esfregam-me seu corpo frio...Ah! Se eu tivesse fogão de lenho!
A modernidade acabou com essa comodidade – resta cerrar o cenho!
Ganho o pão dia após dia, pulo cedo da cama nos braços do frio – arrepio!
O mês de julho, quando, dizem os mais velhos, o frio arrumava as malas!
Mas, tudo está mudado, continua em julho o frio, de pés espalhados,...
Chega o agosto da ventania, que se junta com o frio e a todos mais judia!
Até em setembro faz frio, cai geada matando planta e até vida é ceifada!
Após a tempestade, a bonança, em minha alma a esperança – feliz, rio:
Vai o pachorrento frio! Outubro, clima agradável, as árvores se despem
De suas folhas; eu durmo e levanto sem camisa, à noite há suave brisa!
De manhã raios de ouro entram pelas cortinas, o Sol abre minhas retinas!
De novembro a março do próximo ano sol e chuva – renovando a vida!
A temperatura é amena e muito saudável, são cinco meses de boa faina
Louvo ao Criador por viver neste cantinho do Universo de fartura e beleza: Terra, onde se acerta e se erra na luta dos contrários rumo à evolução!