A poesia e eu
Noites escuras e cheias de mistérios alcei voo de mãos dadas,
Com a lua em vários hemisférios através de poesias aladas,
Fiz-me de flor... Rosas, margaridas, tulipas, girassóis e lírios...
Tantas emoções a flor da pele, causando insanos delírios...
Sede de belas palavras, fome de sentimentos, chuvas e ventos...
Uma fera no cio, uma loba selvagem, uma andarilha em viagem...
Assim confesso que tudo vivi e tudo senti, na poesia que segui...
A poesia que se fez por mim tão amada em plenos momentos...
Voamos juntas por terras longínquas e totalmente desconhecidas,
Onde contemplamos paisagens, ora agradáveis, ora tão sofridas...
Foram formosas rosas que choravam por não serem regadas,
Rosas soberbas e teimosas que esnobavam por serem amadas...
A poesia e eu voamos juntas nas asas da minha imaginação,
Onde nos entrelaçamos e entregamos ao ponto de fugir à razão,
E eu virei uma poesia e a poesia tornou-se um eu desconhecido,
Ou tão somente um eu que estivesse sido por mim, esquecido...
A poesia me descobriu, no dia em que eu descobri a poesia,
Ela me sorriu e me envolveu com seu doce encanto de pura magia...
Não sou poetisa, e muito menos conhecedora de sua regra exata,
Mas sou apenas alguém que viaja naquilo que a escrita retrata...
Algumas vezes somos duas, outras tantas somos apenas uma,
Estou totalmente apaixonada pela poesia que me desarruma,
Que me liberta e faz alçar voos tirando-me os pés do chão,
Apresentando-me a novos mundos além da fértil imaginação...