Incerto!
Talvez não saiba o que sinto.
Talvez não queira aceitar o que sinto.
Talvez fuja do real em busca do imaginário.
Talvez imagine uma perfeita realidade.
Talvez creia que tudo é perfeito.
Talvez, talvez, talvez...
Certo de que nada é gratuito.
Certo de que tudo é único.
Certo de que amar é entrega.
Certo de que vivo na realidade.
Certo de que a distância existe.
Certeza, certeza, certeza...
A única que todo ser humano:
vive, respira, sente, ama.
Vive na ilusão do amanhã,
na certeza da vida,
na busca do amor,
na intensidade viva.
Respira ao amanhecer
buscando sentir-se vivo
pronto para a realidade.
Sente cada parte do seu corpo,
sente-se parte de uma cadeia
viva de corpos que se buscam.
Sente-se humano.
Ama incondicionalmente
como se o amanhã não existisse.
Talvez seja essa
a certeza da nossa capacidade humana:
viver, respirar, sentir, amar.