Da Poesia ao Nada
A poesia
Ante a escrita
- destrutiva
Decomposta
Destituída
É um nada.
O mundo do nada.
Uma imensidão de nada.
É água rasa
Suja
Moribunda
Desprezada
Podre!
É um frontal
Na madrugada
É o apogeu
Silenciado.
É um sapo
Petrificado.
É o escuro
Mal fadado.
Não é verso!
Não é belo,
Nem molhado.
É apenas, minha cara,
Folha
De papel
(que grita)
Como o poeta
Que silencia
Como a cabrita
Que se esvai
Em rima.