Manhã
O dia adivinha
Sua plenitude
Que desperta
Despretensiosa
E lenta.
E o Sol aparece
Preguiçoso
Num acordo
Com as nuvens
Que prateiam
O céu
E dão o belo tom
Cinza ao dia
Que acorda.
E ela, bela
Plena, abre
Os braços
Num abraço
Ao dia,
Num beijo
Ao tímido Sol
E às nuvens,
Celebrando
A Vida.
A natureza
Se veste
Da mais verde
Folhagem,
E das mais
Coloridas flores
Numa profusão
De beleza ímpar
Como presente
Ofertado a ela.
As nuvens represam
Um choro de emoção
Que, vez por outra,
Teima em cair
Sob a forma de tênue chuva.
Os beija-flores vão render-lhe
Homenagem, degustando
Em sua mão o néctar líquido
Das flores.
Os pássaros e o mensageiro do vento
Fazem um dueto de magnífica beleza.
E ela sorri para tudo
Em uma manifestação
Explícita de fe-li-ci-da-de.
(Danclads Lins de Andrade).