Exílio...
quedei tão fundo
que no poço em ruínas
superfície é miragem
só meus olhos, escuto
nesse inverno famélico,
tijolos lacrados, gemem
sepultam-me a saída
da carne, névoas, cegam-me
nas mãos da terra infecta
miolos ao limbo, frito,
discórdia... crua a pele
morde e alimenta vermes,
ao menor, espinho
suspiro, arrepio...
tão fundo, desci,
o que é vida, esqueci...