IMPROVÁVEL LUZ GRENÁ

Corroído tempo moroso

indiferente

descrente

macérrimo

os olhos perdidos no vago do dia

a alegria que se fora ontem

flores na lapela suja

mãos aduncas

desejos passados

a morte é uma silenciosa

companheira

a morte é uma improvável luz grená.

Enzo Carlo Barrocco
Enviado por Enzo Carlo Barrocco em 19/07/2005
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