Saturno

Saturno.

Soturno.

Vorazmente devora seus filhos.

Um lhe escapa.

Destrona-o.

Torna-se deus dos deuses.

Saturno.

Soturno.

Disseram-me que rege minha vida.

Deve ser por isto que gero.

Na gestação completa, aniquilo meus filhos.

Haverá algum que me destronará?

Saturno.

Soturno.

Amo e odeio.

Odeio e volto a-mar

(ondear do mar).

Em mim não há limites.

Os sentimentos transitam livremente.

Saturno.

Soturno.

L.L. Bcena, 05/09/2000

POEMA 772 – CADERNO DOS ANJOS.

Nardo Leo Lisbôa
Enviado por Nardo Leo Lisbôa em 21/03/2012
Reeditado em 24/03/2012
Código do texto: T3568001
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