DEIXA ESTAR...


De tudo ou do nada
você me veio...
Chegou e em meio
às intempéries de minhas crises,
sem que ninguém me avisasse
ou nos visse, alojou-se como projétil
no lado fértil da minha imaginação....

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Foi um verdadeiro sobressalto
como se fosse um assalto
e eu não ofereci qualquer resistência.
Do jeito como andam as violências?...
Confiei.

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E deixei que entrasse no coração
com toda paciência,
na palma de cada mão,
enfim, em minha alma!...

Nada perguntei. Pra quê?
Apenas deixei e deixei e deixei...
Precisava e quis mesmo deixar,
afinal, eu estava e sou tão precisado!

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Eu cria que aquilo ia dar cria,
ia enraizar dentro de mim!
Enraizou muito forte
pra minha própria sorte...
Nunca pro azar...
Então, deixa estar!!!




Música de fundo – “Deixa” de Baden e Vinícius de Moraes.
Antonio Fernando Peltier
Enviado por Antonio Fernando Peltier em 21/03/2012
Reeditado em 02/04/2012
Código do texto: T3567541
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