DEIXA ESTAR...
De tudo ou do nada
você me veio...
Chegou e em meio
às intempéries de minhas crises,
sem que ninguém me avisasse
ou nos visse, alojou-se como projétil
no lado fértil da minha imaginação....
Foi um verdadeiro sobressalto
como se fosse um assalto
e eu não ofereci qualquer resistência.
Do jeito como andam as violências?...
Confiei.
E deixei que entrasse no coração
com toda paciência,
na palma de cada mão,
enfim, em minha alma!...
Nada perguntei. Pra quê?
Apenas deixei e deixei e deixei...
Precisava e quis mesmo deixar,
afinal, eu estava e sou tão precisado!
Eu cria que aquilo ia dar cria,
ia enraizar dentro de mim!
Enraizou muito forte
pra minha própria sorte...
Nunca pro azar...
Então, deixa estar!!!
Música de fundo – “Deixa” de Baden e Vinícius de Moraes.